Diário de Júlia - Parte I

“Sabe, sempre me disseram que toda garota precisa de um diário, eu nunca entendi o porque disso, eu era tão criança e já tinha todas essas paixões por ler, por escrever, eu sempre tive a paixão pela arte, artes em geral. Hoje eu já entendo o porque de garotas precisarem de um diário, mesmo eu nunca tendo me sentido necessitada de uma folha de papel, de um caderno, ou uma agenda para escrever, eu sempre fui assim, não que eu não escreva, pelo contrário, é uma das minhas maiores paixões, mas eu nunca escrevo tanto sobre mim, é mais sobre as coisas, sobre as pessoas, as coisas que me surpreendem....”

-Júuuulia – minha mãe estava me chamando. Coloquei o notbook em cima da cama e fui até ela ver o que ela queria.

- Oi mãe? – falei enquanto entrava na cozinha que era onde ela estava.

- Ju, o que acha de darmos uma festa de boas vindas para a volta da viagem de seu pai?

- Ah mãe, não sei, o papai não gosta muito dessas coisas, você sabe disso.

- Mas não vai ser nada grande, é uma festa familiar, onde vão estar resumidamente eu, você, o Lucas, sua avó, e ele quando chegar. Vamos? – ela me olhava com aquela cara de implorando pra eu concordar.
Eu ri dela e enfim concordei.

- Está bem mãe, vamos fazer essa festa, mas ele ainda vai demorar umas duas semanas pra voltar, deixa pra vermos as coisas um pouco mais pra frente tá? Ainda nem sabemos exatamente que dia ele vai voltar.

- Tá bom Ju, no final de semana a gente começa a olhar as coisas.

Saí rindo da cozinha, como pode gente, ela é mais doida por festa do que eu e o Lucas junto, não tem lógica. Eu estava passando pela sala quando o telefone tocou, eu atendi e era o Kauê, o meu Kauê doidinho, meu melhor amigo.

- Juuuuuuu – ele me chamou pelo telefone e começou a rir
- Faaala senhor Kauê chatinho doido – risos
- Rola de sairmos hoje? Vai ter uma festa na casa do Felipe, vamos vai? Por favor
- Ain, Kauê, tinha que ser logo na casa dele? Não sei você sabe que desde aquela vez eu e o Felipe não conversamos mais e eu não sei se ele vai gostar muito da minha presença lá. – enquanto eu falava no telefone eu estava mexendo nas minhas unhas, elas estavam horríveis.
- Por favor, Ju, eu tenho certeza de que o Felipe não vai se incomodar com a sua presença na festa vai? Por favor, por mim vai melhorzinha – deu para perceber pela voz dele que ele queria muito que eu fosse então eu cedi.
- Tá bom Kauê, eu vou por você tá? Vai mais alguém com a gente?
- Sim, com a gente também vai ir a Mariana, o Gabriel, e a minha Barbara – ele falou e riu
- Tá bom, passa aqui às 21h30min tá?
- Tá bom Ju, ooobrigada por ir. Beijo
- Beijo enjôo – falei e logo em seguida desliguei o telefone

Voltei na cozinha para avisar minha mãe de que mais tarde eu iria sair.

- Mãe, mais tarde eu vou ir em uma festa com o Kauê, a Mari, o Biel, e a Barbara tá? - festa onde Julia?

Ai, esse era o meu medo, ela perguntar onde seria a festa, mas eu não iria mentir, pelo menos não dessa vez.

Na casa do Felipe. – eu falei e logo dei um suspiro, já esperando para ouvir muitas coisas.
Está bem, juízo tá? – ela sempre falava isso, porque hein?
tá bom, qualquer coisa chama, estou lá no quarto – sorri e voltei para o meu quarto

Nota da Autora

Há alguns meses venho pensando em escrever uma história, e sempre havia algo que me impedia de fazer isso, então decidi que iria fazê-lo agora e me dedicar ao máximo para que saia como eu quero.
Essa história será como o "diário" de uma garota chamada Júlia que tem que enfrentar na vida grandes coisas para a sua idade. Júlia com 15 anos, irá aprender a viver os piores pesadelos que ela poderia ter, e a segurar suas lágrimas à frente de todos.
Eu espero que gostem , e tenham uma boa leitura *-*
Obrigada, Gabrielly.